A safra brasileira em 2025 está estimada em 55,7 milhões de sacas de café, segundo projeções do 2º Levantamento da Safra de Café 2025 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento).
Após um período de instabilidade climática e oscilações nos preços, o setor cafeeiro vê um horizonte mais otimista. Entender os fatores que impactam a saca de café, como clima, mercado externo e produção global, é essencial para aproveitar as oportunidades, especialmente para pequenos e médios produtores.
Confira no texto mais detalhes da análise sobre a safra de café 2024/2025, além de algumas dicas práticas para o plantio e colheita do grão.
Cenário atual e expectativas para a saca de café
Recuperação da produção
A safra de 2025 marca uma leve recuperação na produção de café, atingindo 55,7 milhões de sacas. Esse volume supera em 1,1% a colheita registrada na temporada passada, mesmo em um ano de bienalidade negativa.
Esse aumento é impulsionado principalmente pela recuperação na produtividade das lavouras de conilon, especialmente no Espírito Santo, que lidera a produção dessa variedade com uma expectativa de 13,1 milhões de sacas.
Já para o café arábica, espécie mais afetada pela bienalidade, a Conab prevê uma redução de 6,6% na colheita, com previsão de uma safra em torno de 37 milhões de sacas.
Bienalidade
O café apresenta um ciclo bienal: um ano de alta produção (ano “cheio”) seguido por um ano de menor produção (ano “de safra baixa”). 2025 seria o ano de baixa safra, mas as boas práticas agrícolas podem ajudar a atenuar os efeitos da bienalidade, com o uso da irrigação, adubação equilibrada e poda controlada.
Fatores que influenciam o preço da saca de café
O preço da saca de café é influenciado por diversos fatores, incluindo condições climáticas, produção global e exportações. A regularidade climática durante as fases críticas das lavouras beneficiou floradas positivas e uma boa quantidade de frutos por rosetas, contribuindo para a recuperação da produção.
Oportunidades para produtores
O crescimento na produção de café conilon oferece oportunidades para pequenos e médios produtores, especialmente no Espírito Santo e na Bahia, que recuperou a posição de segundo maior produtor da espécie, com uma colheita estimada em 2,5 milhões de sacas.
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Dicas de plantio do café para máximo rendimento
Para colher uma boa saca de café, tudo começa com um plantio bem planejado. Desde a escolha da cultivar até o espaçamento e o preparo do solo, cada decisão influencia diretamente a produtividade. Um bom planejamento garante uma lavoura mais resistente, fácil de manejar e com alto potencial de rendimento de sacas.
- Escolha de cultivares: opte por variedades adaptadas à altitude e ao clima local para garantir melhor produtividade e resistência a doenças.
- Espaçamento adequado: adote espaçamentos que facilitem o manejo e a mecanização, otimizando a eficiência da lavoura.
- Preparação do solo: realize análises de solo para corrigir a acidez com o uso de calcário e garantir a disponibilidade de nutrientes essenciais.
Manejo de rega: quando e como irrigar o cafezal
- Irrigação na florada: a irrigação no início da florada é crucial para assegurar uma boa frutificação.
- Sistemas recomendados: utilize sistemas de gotejamento ou aspersão localizada para uma distribuição eficiente da água.
- Evite encharcamento: mantenha o solo úmido, porém bem drenado, para evitar problemas radiculares.
- Monitoramento da umidade: empregue sensores de umidade para um uso racional da água, ajustando a irrigação conforme necessário.
Adubação eficiente para maior produtividade
Uma lavoura bem nutrida é sinônimo de saca de café de qualidade. Para isso, é preciso investir em adubação equilibrada, com base em análise de solo. O uso correto de macro e micronutrientes — como nitrogênio, fósforo, potássio, boro e zinco — fortalece a planta em todas as fases, do crescimento à frutificação.
- Análise do solo: antes da adubação, realize análises para identificar as necessidades específicas da lavoura.
- Aplicação de NPK: utilize adubos equilibrados em nitrogênio, fósforo e potássio, conforme as exigências da planta.
- Matéria orgânica: incorpore compostos orgânicos para melhorar a estrutura do solo e a retenção de nutrientes.
- Micronutrientes: reforce a aplicação de micronutrientes como boro e zinco durante as fases de crescimento e florada.
Os fertilizantes foliares e os adjuvantes desempenham um papel importante no manejo nutricional e fitossanitário da lavoura de café.
Fertilizantes foliares
Aplicados diretamente nas folhas, os fertilizantes foliares complementam a adubação do solo, principalmente em fases críticas da planta, como floração, frutificação ou momentos de estresse (seca, frio, etc.). Eles permitem uma absorção rápida de nutrientes, como zinco, boro, manganês e outros micronutrientes, ajudando no desenvolvimento vegetativo e na formação de frutos mais uniformes.
Adjuvantes
Os adjuvantes são produtos que melhoram a eficácia das pulverizações, seja com fertilizantes foliares ou defensivos. Eles atuam aumentando a aderência, espalhamento e penetração da calda nas folhas, reduzindo perdas por escorrimento e evaporação. Com isso, há mais eficiência na aplicação e economia de insumos.
Juntos, esses produtos ajudam a manter uma lavoura equilibrada, produtiva e com maior qualidade na saca de café. Você encontra tanto fertilizantes foliares quanto adjuvantes e pulverizadores na Loja Cocamar. Tudo que o produtor precisa está aqui!
Tecnologia no agronegócio: produtividade e sustentabilidade
A tecnologia vem transformando o campo e oferecendo soluções práticas para aumentar a produtividade da saca de café sem abrir mão da sustentabilidade. Ferramentas como drones, sensores e plataformas digitais permitem um manejo mais preciso, com uso racional de recursos e tomada de decisões baseada em dados.
- Uso de drones: empregue drones para o mapeamento e diagnóstico das lavouras, identificando áreas que necessitam de atenção.
- Agricultura de precisão: adote técnicas de agricultura de precisão para a aplicação localizada de insumos, aumentando a eficiência e reduzindo desperdícios.
- Plataformas digitais: utilize plataformas digitais para a gestão da colheita, monitoramento climático e comercialização dos produtos.
Colheita e pós-colheita: qualidade é tudo
Na reta final do ciclo, a atenção à colheita e ao pós-colheita é fundamental. A forma como os frutos são colhidos, secos e armazenados influencia diretamente na qualidade do café e, claro, no valor da saca. Um bom manejo nessa fase garante uma bebida de excelência e melhores resultados na comercialização.
- Momento da colheita: a colheita iniciada quando cerca de 80% dos frutos estiverem maduros garantirá melhor qualidade do café.
- Colheita seletiva: a colheita seletiva preserva a qualidade dos grãos e reduz perdas.
- Secagem adequada: a secagem dos grãos em terreiros ou secadores rotativos garante a uniformidade e evitando fermentações indesejadas.
- Armazenamento: em locais secos e arejados, mantendo a rastreabilidade para assegurar a qualidade até a comercialização.
Com essas práticas, os produtores podem impulsionar a produção e qualidade da saca de café, aproveitando as oportunidades do mercado em 2025. Conte com a Loja Cocamar para otimizar a sua produção no campo em todas as etapas!
